segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A trilha que estourou meu joelho

Mais um capítulo "Férias na praia"...

Pra não dizer que estar acima do peso não me incomodou nada nas férias, tenho que contar a verdade: tem horas em que ser pesado ATRAPALHA MESMO.

Nós fizemos amizade com um casal muito legal, que tem um filho quase da idade da bisteca. E queríamos uma praia sem muitas ondas para as crianças brincarem.

Fomos, por indicação, conhecer uma chamada "Prainha do Alto". Realmente, quase uma piscina natural. Linda. De cair o queixo. Quase vazia. Limpa. Espetáculo.

Mas...

Sempre tem o mas...

Para chegar até ela foi uma aventura de Indiana Jones.

Pense numa trilha inclinada. Pense em pedra atrás de pedra pra pisar, e só.

E pedra molhada ainda. Cheia de folhas, pois era no meio do mato.

Depois de muito ponderar se valia a pena ou não, decidimos vestir a camisa de aventureiros e descer. CHEIOSDECOISAS. Crianças (que foram no colo dos papais), bolsas, cadeiras, guarda-sóis, brinquedos... Toda a tralha que todo casal com criança pequena tem que carregar.

Tudo bem. Descemos. E descemos. E descemos.

Chegando lá embaixo, pensei: "Nooooossa, valeu a pena! Que lindo!".

Passamos o dia lá, nadando, brincando, conversando, tirando fotos...

Fomos até derrubados por um mini-tsunami que chegou do nada (praias sem ondas podem surpreender, pois de vez em quando, elas aparecem. E pelo visto, vem pra compensar. A bicha era enorme, e deu um caldo em todo mundo, que foi pego desprevinido. Faz parte).

Bom, depois de um dia maravilhoso, hora de ir embora. E a tchonga aqui esqueceu que toda descida vira uma subida.

Pense numa subida ÍNGREME. Pense nas pedras que falei acima. Mas agora no sentido contrário. Algumas eram tão altas que temos que quase escalá-las. Marido com a filha no colo subiu rápido para não cair. E eu fui atrás, tentando acompanhar.

Nesta hora desejei ser 30 quilos mais magra. Ou mais.

Foi bem difícil sustentar todo o peso nas pernas, e ainda carregar coisas nos braços. Mas subi. Não fiz feio. Não fiquei reclamando. Subi num embalo só. Mesmo porque o casal estava atrás de mim e eu não queria segurá-los. Fui que fui.

Cheguei no topo MORTA. Nem falava. Pelo que me lembro, nem respirava. Andava por osmose, quase inconsciente. Não conseguia pensar, raciocinar. Só queria sentar, pois meu joelho estava tremendo.

Quando finalmente sentei no carro, senti a dor. Veio com tudo. E até agora está doendo.

Como pretendemos ir para Ubatuba sempre que der, de tanto que adoramos, preciso mesmo mudar meu corpo.

Quero me vingar desta bendita trilha. Quero subir de novo, desta vez, carregando as coisas, respirando e ainda por cima, conversando, como se fosse um passeio no shopping. Ah, quero! Quero olhar pra trás e dizer: "Toma esta, sua trilha besta!".

P.S.: Acho que devo ir ao médico, não???

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